A nossa mente, ou psique, é formada pelo consciente e pelo inconsciente, ou ego e self. O ego é o eu, o centro da parte consciente da nossa psique, é dentro dele que estão os nossos gostos, aprendizados e personalidade. Conhecemos o ego como nós mesmos, tudo o que reconhecemos como nosso faz parte do ego, que pode ser visto como a totalidade da nossa personalidade e ser. É por meio dele que todos os conteúdos conscientes se relacionam, ele refere-se a experiencia que temos de nós mesmos.
A psique individual consiste em uma parte consciente e uma parte inconsciente, a parte que conhecemos (consciente) tem como centro o ego, na consciência estão todas as informações que conhecemos e grande parte das experiencias que vivenciamos durante a nossa vida, assim como a nossa personalidade. Na parte inconsciente da psique individual está o inconsciente pessoal, nessa parte da nossa mente estão as nossas experiencias traumáticas e eventos que não lembramos sempre ou que não queremos lembrar.
O inconsciente pessoal atua na nossa vida sem que o percebamos, segundo Freud, a nossa consciência não é inundada por conteúdos inconscientes porque o nosso ego utiliza de uma artimanha chamada recalque. Os conteúdos inconscientes desejam se tornar conscientes, ou seja, eles querem sair do inconsciente e passarem a ser conhecidos pelo indivíduo, porém se todos os conteúdos inconscientes fossem para a consciência nós enlouqueceríamos.
Para barrar os conteúdos inconscientes e impedir que eles penetrem na consciência, temos um mecanismo na nossa mente que impede que as memorias ou impulsos inconscientes entrem na consciência, esse mecanismo é chamado de recalque. Mesmo com esse mecanismo ativo em nossa psique, as vezes os conteúdos inconscientes “vazam” para a consciência, percebemos eles em atos que fazemos sem pensar, palavras ou frases nas quais aparentemente nos confundimos ou cometemos o erro de trocar as palavras que queremos falar por outras que parecem vir a nossa mente sem querer.
Como por exemplo: uma pessoa ao falar a frase “Vou lavar a louça” se confunde e fala “Vou lavar a boca”. Isso indica que o inconsciente influenciou a fala dessa pessoa, que provavelmente, no passado, falou algo que achou errado ou “sujo”, ela então reprimiu esse pensamento ou sentimento e ele ficou guardado no inconsciente, esse conteúdo inconsciente “vazou” para a consciência por meio da fala.
O inconsciente é responsável pelos sonhos, ele os fabrica, ou seja, quando sonhamos estamos recebendo mensagens do inconsciente. Se prestarmos atenção aos nossos sonhos e, com ajuda de um psicólogo, os analisarmos, cultivaremos uma relação mais próxima com o nosso inconsciente.
Ao nos aproximarmos do inconsciente, decifrando as suas mensagens, teremos uma maior clareza sobre nós mesmos e sobre o que ocorre no nosso interior, assim conseguimos entrar em contato com o nosso centro, com as verdades guardadas no nosso âmago, muitas vezes encontrando um sentido e propósito de vida escondido nas mensagens deixadas pelo inconsciente.